sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Projeção - seu parceiro é o que você não quer ser


Em nossa história, o passado tem uma forte influencia sobre nossas relações atuais. Acima de tudo, sempre descobrimos nas pessoas carências que precisam urgentemente de nossa ajuda - carências como as que nós mesmo temos, embora nunca nos permitamos supri-las.

Os psicólogos chamam esse dinâmica de " projeção". No nosso caminho rumo a verdade, é importante compreender totalmente o que são projeções. A palavra vem do latim
proicere, que significa "jogar fora". Quando projetamos, jogamos algo para fora de nós mesmo e sobre outra pessoa.

Ao fazermos isso, analisamos o outro em vez de nós mesmo. Dizemos coisas como "Eles precisam de ajuda e cuidado" ou " Eles são fracos", e assim projetamos nossa necessidade de ajuda e atenção ou nossa própria fraqueza na outra pessoa. Podemos dizer: "Eles não se importam", "Eles não têm consideração" ou "Eles nunca estão disponíveis quando precisamos", e assim projetamos nossa própria falta de cuidado com nós mesmo e nossa própria incapacidade de cuidar, nosso próprio afastamento impotente e nossa própria separação em relação à outra pessoa.


Por que fazemos isso? Como conseguimos fazê-lo tão bem sem perceber? A resposta é sempre a mesma - é a forma que a esperta base do
iceberg encontrou para contribuir para a cura das nossas feridas. Quando crianças, não éramos capazes de suprir a nós mesmo com justiça, aceitação, atenção e cura. Como éramos receptivos, apenas pegávamos tudo o que estava ao redor e adaptávamos perfeitamente ao sistema familiar. Isso pode ter sido doloroso que até mesmo banimos esse experiência da nossa memória.

O
iceberg tão confiável, todavia, armazenou toda a nossa dor e vez por outra a traz à tona de uma forma que conseguimos suportar, e assim podemos utilizá-la em nosso favor. No entanto, às vezes não conseguimos tolerar a verdade; não podemos lidar com ela ou aceitá-la e então a projetamos nos outros. Logo, os culpamos por coisas que estão enraizadas nas nossas próprias dores.

Quando entendemos que " jogamos fora" nossas feridas dessa forma, podemos encararcom curiosidade aqueles que foram o alvo de nossa projeção, com espírito investigativo e com compaixão em vez de rejeitá-los, culpá-los, temê-los e julgá-los. Quando começamos a enxergar em nós mesmo aquilo que rejeitamos em nossos parceiros, encontramos nosso poder de cura interior - e só então ela será possível.



Ame a você mesmo e... permaneça casado - Eva-Maria Zurhost

Nenhum comentário:

Postar um comentário