quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Flechas Venenosas, Balas Perdidas


A língua [dos perversos] é uma flecha mortal; eles falam traiçoeiramente. Cada um mostra-se cordial com o seu próximo, mas no íntimo lhe prepara uma armadilha. Jeremias 9:8


Estudos dão conta de que o homem fala em média 20 mil palavras por dia, e a mulher 30 mil. Daí podemos apenas imaginar ou perceber o poder que está em nossa língua tanto para o bem como para o mal.


Enquanto Tiago compara a língua a um fogo que devora, queima e destrói, Jeremias a compara a uma flecha mortal. Naquele tempo, a flecha era a arma que atingia mais rapidamente uma pessoa. Era inesperada e venenosa, rápida e cortante. Causava feridas profundas.


Quem sabe hoje, se fôssemos atualizar o texto de Jeremias, diríamos assim: “Suas palavras são como tiros de um fuzil de mira telescópica, com silenciador.” Você mal ouve o barulho, mas é surpreendido. Apenas sente o impacto. Não sabe por que e nem imagina quem foi o autor do disparo. Não sabe de onde veio; mas foi atingido.


Existe uma flecha mais venenosa do que essa. É muito mais prejudicial porque não atinge apenas o corpo, mas fere profundamente a alma. É uma flecha que mancha a reputação do outro, inventa o que ele não disse e insinua intenções maldosas, espalha informação falsa sobre os outros com a intenção de feri-los.


É uma flecha que tem arruinado muitos casamentos, e tem feito muitos perderem o emprego e posições. Ela já arruinou o futuro de milhares de pessoas. O nome dessa flecha é calúnia, mas também é conhecida como difamação.


O ditado diz: “A calúnia é como o carvão, quando não queima, suja.”


Os rabinos ensinavam que a calúnia era pior do que o incesto, a idolatria e o tirar a vida de alguém, porque matava três pessoas de uma só vez: o caluniador, o caluniado e quem escutou.


O cristão verdadeiro está convicto de que o tecido das relações humanas está entremeado da verdade. Quando há desconfiança e medo, os relacionamentos são fragilizados. Por isso, hoje todos apreciamos aquilo que chamamos de transparência. Não há nada escondido, mas existe lealdade e consistência.


“Não saia dos vossos lábios nenhuma palavra inconveniente [que fira, machuque, destrua, arruíne], mas, na hora oportuna, a que for boa para edificação, que comunique graça aos que a ouvirem” (Ef 4:29, Bíblia de Jerusalém).


Nossa oração deve ser, neste dia: “Coloca, Senhor, uma guarda à minha boca; vigia a porta de meus lábios” (Sl 141:3).


Momentos de Graças - José Maria Barbosa Silva

domingo, 20 de fevereiro de 2011

A Palavra que não Volta



“Eu o ouvi em tempo favorável e o socorri no dia da salvação”. Digo-lhes que agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação. 2 Coríntios 6:2


A palavra “agora” é forte. Tem o sentido de pressa, de urgência, de decisão, de ação imediata. O oferecimento é sempre de alguma coisa que parece útil, necessária, urgente.


Em todos os lugares e de muitas maneiras, anúncios e propagandas procuram nos convencer de que aquilo que necessitamos, necessitamos agora. Não podemos esperar um dia mais. Nem mesmo um minuto.


“Não demore, venha agora.” “Não deixe para depois.” “Envie agora seu cupom.” “Ligue agora e aproveite esta oferta com preço reduzido.” “Clique e compre em tempo real.” “Receba seu crédito agora mesmo.” “É só amanhã, a oferta é por tempo limitado.”


São anúncios insistentes, falados apressadamente, com sentido de urgência, dizendo que não podemos ficar sem determinado produto nem mais um momento. São ameaças de perda, caso não nos decidamos agora. Servem para nos pressionar a tomar decisões imediatas. O agora aparece em muitas áreas da nossa vida: aplicações financeiras, esportes, vida social, vida religiosa, etc.


O que vamos fazer com o agora? Aquele livro para terminar de ler, o capítulo da monografia para escrever, o amigo que você devia ter visitado, aquela chamada telefônica, as desculpas que você tem que pedir a uma pessoa a quem feriu, aquele conserto que você tem que fazer em casa... Há tantas pendências em nosso dia a dia, que nos desgastamos temendo um desfecho desfavorável.


Deus conhece o poder das palavras. E ao ver nossa indecisão, Ele diz: agora é o tempo aceitável. Para alguns convites, dizemos “sim” prontamente. Deus, no entanto, de maneira persistente, repete, insiste em dizer que agora é o momento de dizer: “Sim, Senhor”.


Mas o agora de Deus tem que ver com a sua e a minha vida espiritual, porque Ele sabe que, enquanto você estiver enredado, deixando para depois, mais difícil se tornará a saída. A mágoa que não desapareceu, o perdão que não foi dado, o hábito não abandonado, todos esperando uma ocasião melhor. Não espere uma semana de oração, um retiro, a Santa Ceia, o congresso, algum evento futuro.


Quem sabe, há algum tempo você vem lutando para tomar uma decisão, fazer um acerto importante, perdoar alguém, abandonar algum hábito. A graça de Deus vai ser suficiente para você percorrer esse caminho. Agora!


Momentos de Graça - José Maria Barbosa Silva

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Projeção - seu parceiro é o que você não quer ser


Em nossa história, o passado tem uma forte influencia sobre nossas relações atuais. Acima de tudo, sempre descobrimos nas pessoas carências que precisam urgentemente de nossa ajuda - carências como as que nós mesmo temos, embora nunca nos permitamos supri-las.

Os psicólogos chamam esse dinâmica de " projeção". No nosso caminho rumo a verdade, é importante compreender totalmente o que são projeções. A palavra vem do latim
proicere, que significa "jogar fora". Quando projetamos, jogamos algo para fora de nós mesmo e sobre outra pessoa.

Ao fazermos isso, analisamos o outro em vez de nós mesmo. Dizemos coisas como "Eles precisam de ajuda e cuidado" ou " Eles são fracos", e assim projetamos nossa necessidade de ajuda e atenção ou nossa própria fraqueza na outra pessoa. Podemos dizer: "Eles não se importam", "Eles não têm consideração" ou "Eles nunca estão disponíveis quando precisamos", e assim projetamos nossa própria falta de cuidado com nós mesmo e nossa própria incapacidade de cuidar, nosso próprio afastamento impotente e nossa própria separação em relação à outra pessoa.


Por que fazemos isso? Como conseguimos fazê-lo tão bem sem perceber? A resposta é sempre a mesma - é a forma que a esperta base do
iceberg encontrou para contribuir para a cura das nossas feridas. Quando crianças, não éramos capazes de suprir a nós mesmo com justiça, aceitação, atenção e cura. Como éramos receptivos, apenas pegávamos tudo o que estava ao redor e adaptávamos perfeitamente ao sistema familiar. Isso pode ter sido doloroso que até mesmo banimos esse experiência da nossa memória.

O
iceberg tão confiável, todavia, armazenou toda a nossa dor e vez por outra a traz à tona de uma forma que conseguimos suportar, e assim podemos utilizá-la em nosso favor. No entanto, às vezes não conseguimos tolerar a verdade; não podemos lidar com ela ou aceitá-la e então a projetamos nos outros. Logo, os culpamos por coisas que estão enraizadas nas nossas próprias dores.

Quando entendemos que " jogamos fora" nossas feridas dessa forma, podemos encararcom curiosidade aqueles que foram o alvo de nossa projeção, com espírito investigativo e com compaixão em vez de rejeitá-los, culpá-los, temê-los e julgá-los. Quando começamos a enxergar em nós mesmo aquilo que rejeitamos em nossos parceiros, encontramos nosso poder de cura interior - e só então ela será possível.



Ame a você mesmo e... permaneça casado - Eva-Maria Zurhost

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Simplismente Paraense


Que lugar é esse?
Em que todos os papagaios vooam,
uns de pena, outros de papel de seda colorido.

Em que, com já disse o poeta,
rios são ruas, avenidas talves.
E que outro poeta, tão belamente acrescentou:
"Donde um curumim assiste da canoa
um Boeing riscando o vazio"

Que lugar é esse?
Onde égua e pai d' égua,
são mais do que equinos.

Onde apesar do calor de
trinta e poucos graus, nos deliciamos
com uma iguaria chamada tacacá,
servida fumegante pelas
esquinas da cidade.

Que lugar é esse ?
Em que coca-cola
divide espaço com
cupuaçus, bacuris,
taperebás, e outros
sucos de exóticos
sabores.

Em que açaí, dito
enérgetico pelo Brasil inteiro,
nos faz desfalecer
em uma preguiçosa rede.

Que lugar é esse?
Em que do alto de mordernos
prédios podemos vislumbrar
antigas construções, túneis
de mangueiras e matas fechadas,

Onde podemos sentir o cheiro
da chuva, que antes tinha hora
certa, mas que sempre chega
e apesar de ter perdido a
pontualidade continua
charmosíssima.

Que lugar é esse?
Onde o maior dos
engarrafamentos duram
apenas 30 minutinhos.

Onde podemos sair
sozinhos na certeza de
que encontraremos um
amigo.

Seja no charmosíssimo
Bar do Parque, no Forte do Castelo
ou em uma

das belíssimas praças,
onde crianças não pulam amarelinha,
mas preferem pular
Macaca.

Que lugar é esse?
Onde o "longe" fica ha
apenas 40 minutos de distancia,

O aipim é macaxeira,
maniçoba é uma
espécie feijoada
muuuuuuito especial,

E a Estação das Docas
é motivo de orgulho.

É esse lugar, tão

peculiar, que nos
orgulhamos de
sermos o que somos.

Essa mistura de
raças, som, cores e
sabores.

Afinal orientais,
europeus, negros e
índios aqui se
encontraram

E com uma pitada de
pimenta de cheiro,
pripioca, patichouli e
um encantamento
amazônico.

Aqui estamos nós:
Um povo alegre,
caloroso e
hospitaleiro
e muito feliz de ser
DEFINITIVAMENTE
PARAENSE


Sebastião Tapajós

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Príncipes virando sapos - Sensacional!




O fato de que há leis precisas regendo relacionamentos pode soar assustador. Talves tenhamos que nos livrar das ilusões românticas. E elas serão deixadas de lado. Mas quando essas ilusões vão embora, o amor verdadeiro pode entrar.

Para começar, esperamos que um príncipe encantado apareça em um cavalo branco ou que uma linda princesa jogue tranças para nós. Procuramos em todo tipo de lugar por parceiros, e na melhor das hipóteses encontramos homens e mulheres comuns. E, apesar de todo o nosso desapontamento, nos envolvemos com eles e eles se tornam sapos.

Um homem sábio disse certa vez: "O momento em que você se apaixona por alguém é o momento em que essa pessoa começa a virar sapo". Mas não há motivo para ansiedade, de acordo com esse sábio: " Não há nada de errado com os sapos - os sapos são maravilhosos. O mundo está cheio de sapos." Ele acha que devemos ficar felizes, pois nossos príncipes ou princesas viraram sapos. "Porque príncipes e princesas de verdade nunca se apaixonariam por sapos como nós. Simplesmente aceite que você é apenas um sapo e estimule sua curiosidade em relação ao outro sapo." Esta é a solução desse homem para os dilemas românticos.

Todos nós sabemos como queremos que as pessoas sejam: bonitas, fortes, espertas, sensíveis, carinhosas, educadas - temos toda uma lista de pré-requisitos, baseada no modo como fomos criados. O príncipe para uma pessoa pode ser o sapo para outra. Em qualquer caso, julgamos nossos parceiros de acordo com nossas expectativas pessoais. E quando elas não são correspondidas nós os chamamos de sapos ou monstros.


O amor verdadeiro, no entanto, não tem nada haver com um ideal. Os pais de crianças deficientes sabem disso. Eles não as amam pelo que elas são, apenas as amam, e muitas vezes mais incondicionalmente do que poderiam imaginar. Porém o mesmo acontece com as crianças saudáveis - você sabe quanto pode amar profunda e devotadamente esses monstrinhos manhosos e chorões, e que em seu coração eles sempre serão pequenos príncipes e princesas
.

Ame a você mesmo e... permaneça casado - Eva-Maria Zurhorst

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O Fator Amizade


O amigo ama em todos os momentos. Provérbios 17:17

Jesus amava a todos, mas tinha Seu grupo de doze, e dentro dos doze, três com os quais mais Se associava: Pedro, Tiago e João. Quando estava no Jardim do Getsêmani, Ele necessitou de apoio humano, compreensão, encorajamento e conforto. Jesus disse: “Estou triste. Preciso da companhia de vocês.” Ele não disse: “Vou ser crucificado, mas não estou preocupado e nem um pouquinho com medo. Está tudo bem.” Em lugar disso, pediu que orassem por Ele.

Conhecidos nós temos às centenas: aqueles que foram colegas de classe ou mesmo aqueles com quem nos encontrávamos casualmente no campo de esporte. Mas não causaram muito impacto em nossa vida.


Conhecidos também são aqueles com quem trabalhamos, com quem assistimos a um evento, ou com quem viajamos. Esses, por assim dizer, entraram no barco e depois saíram. São aqueles que ficam no barco quando o mar está calmo, o sol brilhante e a brisa suave. São chamados “amigos de tempo bom”. Porém, quando chega a tempestade, pulam do barco.

E existem aqueles que são amigos verdadeiros; entram no barco se o mar estiver calmo. Na tempestade, também estão lá. Com ventania e relâmpago, ficam com você até passar a tempestade.

Apropriadamente, a versão bíblica The Message traduz: “O amigo ama com qualquer tipo de tempo” (Pv 17:17).

Num concurso de frases sobre o que significa ser o melhor amigo, a mais votada foi: “Amigo é alguém que entra quando todo mundo sai.” Você tem pelo menos uma pessoa por perto a quem pode se dirigir quando está triste? Se você quiser saber quem são seus amigos, cometa um erro ou uma grande gafe. Aí você vai ver o que acontece. Eles desaparecem, fazem questão de permanecer longe de você. E seus inimigos, então, desejarão vê-lo de longe.


O verdadeiro amigo não o justifica quando você erra, nem é indulgente. Se necessário, o confronta na medida certa, como diz um provérbio: “Não use o machado para tirar uma mosca da testa do seu amigo.”


O verdadeiro amigo sabe confortar você e tirar as arestas, como diz Provérbios 27:17: “Assim como o ferro afia o ferro, o homem afia o seu companheiro.” O verdadeiro amigo tem uma influência “afiadora”. Por causa dele, você será uma pessoa melhor.


Esse encontro do ferro com o ferro pode ajudar as pessoas a ver suas ideias com nova claridade, refinando, modelando, melhorando os insights e desafiando o crescimento, estimulando seu pensamento.

Momentos de Graça - José Maria B. Silva

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Como Posso Crer





Como posso crer num Deus
que não consigo ver?
Como posso merecer um pai atento que conhece minha dor?
Receber perdão e alívio que eu nunca vi, eu nunca mereci.
E ao me olhar esquece os erros que sempre cometi

Me faz sorrir quando tudo ao meu redor me faz chorar
e me levanta quando oe meus fracassos me derrubam lá no chão.
Como posso duvidar de um pai que me ama assim?
Me faz sentir melhor quando o pior me atingiu.
Transforma minhas lágrimas em gostas de esperança no que está por vir:
o dia em que eu verei o pai que, hoje, eu não consigo ver,
mas que sempre me observou.

Como posso entender amor profundo assim?
Como posso merecer o que a sua graça fez e faz por mim?
Me entende e me alcança quando estou bem longe do meu lar.
Meu coração, em Suas mãos, enxerga aquEle que...

Eu não preciso de evidências para crer em seu amor,
e não preciso de mais provas para crer que és Senhor.


Tiago Arrais